NOTA DE ABERTURA

Bem, meus caros amigos leitores, “aos que acidentalmente passaram os olhos nesta página”, a partir desta semana damos início a um desafio, “uma jornada”, confesso, de grande responsabilidade, o desafio de falar de Espiritismo e das questões que cercam o cotidiano do homem moderno (e não são poucas), com seriedade, propósito e fidelidade doutrinária.

Para tanto, sabemos que nenhuma tarefa da causa Cristã, desde os tempos imemoriais, foram simples e fáceis, ao contrário, exigiram notória bravura e abnegação dos trabalhadores, momento que por vezes, o preço final era a própria morte. Podemos citar como exemplo, a trajetória de Paulo de Tarso que tem sua jornada retratada no romance de Emmanuel, Paulo e Estevão, psicografado por Francisco Cândido Xavier. Paulo de Tarso, que no início, era obstinado perseguidor de cristãos, se converteu ao trabalho em prol do Cristianismo e transformou sua vida em um exemplo de luta, fé e amor, até ser preso e decapitado em Roma. Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, divulgou os valores do Cristo diante do Sinédrio, deu exemplos inequívocos de Perseverança, Fé em Deus, amostras de Amor e de Caridade e foi vítima de apedrejamento. Os apóstolos do Cristo foram em quase sua totalidade, martirizados. Desde as longínquas épocas, os que defenderam os valores Cristãos foram vítimas de perseguições, zombarias, de açoites, prisões e de tantos outros ataques que afligiam os adeptos da nascente doutrina.

É claro, que hoje alcançamos outros tempos, em que os grandes desafios e asperezas do mundo, por certo se ainda não cessaram, aos poucos vão cedendo lugar aos ensinos da obra imortal de Jesus, o Amor. Jesus é o representante das Leis Divinas neste pequeno orbe, e as leis humanas, pouco a pouco tentam se emparelhar com o Código Divino, tendendo a serem cada vez mais justas para com todos os seres humanos do Planeta.

No entanto, há ainda muitas “lutas a serem travadas, batalhas a serem vencidas” no campo da Concórdia, do Entendimento, do Respeito Mútuo, da garantia de Direitos e dos Deveres retamente cumpridos por todos, momento em que o ser humano busca mais e mais se aproximar da máxima do Cristo: “Amai a Deus sobre todas as coisas, e o próximo como a si mesmo, eis aí toda a lei e os profetas”.

E, é neste comenos, mas com “insignificante sacrifício”, se comparado aos grandes mártires do Cristianismo, é que através de desse valoroso meio de comunicação, de divulgação, abrimos espaço para a Coluna Espírita. O objetivo, como já foi dito, é trazer reflexões diante das questões que cercam a humanidade nos dias atuais, acrescentando a luz da razão, a ótica avançada do Espiritismo.

Acreditamos assim, acrescentar uma pequena e imperceptível gota no oceano infinito das realizações do Cristo, mas que nos orgulhamos, pois que, como diz desconhecido pensador: - “O que é o oceano senão uma infinidade de gotas?”.

Portanto, caros amigos, a partir desta semana, humildemente abrimos o espaço para a Coluna Espírita, que mensalmente trará textos e temas intrigantes. Leiam, interajam e façam suas perguntas e/ou críticas se desejarem.

“Uma Boa Leitura a Todos”!

Agradecimento

Ao Espiritismo, por tantos desconhecido, ora “temido”, haja visto, a intensa teia de maldizeres, preconceitos que a ele se envolta desde a Codificação por Allan Kardec. Mas que em especial, no Brasil, hoje és reconhecido, sendo capaz de elucidar, explicar, confortar e transformar intelecto-moralmente centenas, ou melhor, milhares de brasileiros.

Ó Brasil, o maior país espírita do Mundo. Obrigado Deus, por ter reencarnado nestas fronteiras, e ainda mais, por ter a liberdade e a oportunidade de conhecer a Doutrina Espírita, o tão esperado Consolador Prometido por Jesus!

Muito Obrigado.

Juliano da Veiga

Sessão Mediúnica Nº466 – PSICOGRAFIAS

28/10/2024                                                                

1.            Silencie o vosso pensamento irmão, é hora de nos dedicarmos a Causa Consoladora. Nestes dias turbulentos vivemos a ansiedade do Mundo, da humanidade. Não conseguimos, colocar-se a parte de tudo que nele ocorre. Apesar de protegidos e resguardados das regiões de sofrimento, estamos que colocados em pontos intermédios que servem como portais para receber e atender a multidão de desesperados de irmãos que não se encontram, que não entendem, que buscam nas fugas da matéria, as distrações para encarar as dificuldades da vida na Terra. São distrações temporárias que só prolongam o sofrimento. Quando encaramos a verdade não que deixamos de sofrer, mas deixamos de se desesperar. E este passo adiante já é um bom princípio para uma existência de luz e de sacrifícios à Causa do Cristo. Quantos de nós, noutros tempos, nos perdemos em desespero e enlouquecemos diante das provas contaminando as melhores intenções das jornadas. Cada vida é algo inédito com padrões que se repetem. É quase que um mesmo filme com os mesmos personagens e um enredo diferente, onde cada individualidade depois de aceito o papel e estando nele, valerá ou não suas escolhas, validará ou não o seu propósito. E aí criamos histórias e relacionamentos, relacionamentos e histórias que vão para a eternidade e que refletirão nas ações futuras de crescimento espiritual. Já não semeamos em solo árido, mas fértil. No entanto, o tempo da colheita ainda vai mais longe, porque assim procedem os homens, distantes da Verdade e da Luz. Mas tenhamos paciência, primeiro com nós mesmos, depois com os outros, assim como o Cristo demonstrou para conosco e demonstra até os dias de hoje. É favorável o momento, para o resguardo, para a prece, para a continuidade dos trabalhos de edificação das almas, do convívio amoroso no círculo familiar. Ninguém está sozinho ou abandonado à própria sorte, por mais que esteja sozinho no mundo, têm a sua volta espíritos que nos envolvem e que nos guardam por afinidade e simpatia. É tempo fértil para instruirmos o nosso espírito e os dos nossos, com maior frequência e zelo, vivenciando o conúbio fraterno dessa convivência solicitada em outras épocas. Não projetamos para o amanhã a felicidade, vivemo-la hoje, é possível. E encarar as adversidades com equilíbrio e esperança no coração já é mais de meio caminho andado para a recuperação. É preciso semear primeiro, nos corações familiares que estão próximos e depois estender a todos àqueles que buscam o Consolador. Etapas são iniciadas e concluídas, algumas com maior êxito, outras nem tanto, mas o importante é continuar a trajetória conscientes de que se não estiver ao nosso alcance a resolução dos problemas, certamente está com Deus e sem duvidar devemos prosseguir firmes e fortes, atuantes na Causa que Abraçamos. Não tardará e o homem sentirá a necessidade do Consolador, pois que é grande o Templo da Perdição. Nós, no entanto, devemos prosseguir e não titubear um segundo sequer diante da Causa Consoladora. Aproxima-se o período das festas Natalinas, é o período mais propício para recebermos as bençãos de Jesus pois que está mais próximo do Mundo que nunca, haja visto as necessidades de suas ovelhas ao qual prometeu não deixar nenhuma para trás. E promessa do Cristo se cumpre assim como estamos vendo neste processo de ascensão da Terra, desde a chegada do Consolador. Continuemos corajosos e atuantes. Tenho dito. Gabriel.

2.            Nos desfiladeiros do mundo, temos de cuidar para não cair e tão pouco para auxiliar outrens à queda. Se estivermos a caminho, subindo em íngreme terreno e as pedras do desfiladeiro rolarem tentando nos derrubar, paremos, fixemos nossas bases, firmemos os nossos compromissos, demos as mãos aos que estão a nossa volta e continuemos a escalada assim que as pedras deixarem de rolar em nossa direção. Guiando os nossos e aqueles que cruzam o nosso caminho, já estaremos contribuindo e muito com o projeto divino para cada um de nós e para a humanidade. A despeito das dificuldades e desistências, sabemos, são temporárias, porque Jesus nunca deixaria desguardado seus discípulos da Era Nova que ainda parecendo sós, estão muito bem acompanhados. Prossigamos ao alto e avante até o cume, que é uma das etapas a serem cumpridas nesta jornada evolutiva que é para todo o sempre. Um recado de Amor deste que vos fala e auxilia dia a dia. Humilde trabalhador desta Casa de Consolo e de Amor, assim como vós encarnados. Isack.

3.            Um minutinho de vossa atenção. É possível que não haja tempo para maiores elucubrações, mas alguns minutos já me bastam para pronunciar algumas palavras. Ai Senhor, como é bom ser ouvido! Como é bom receber atenção daqueles que se encontram na luz, depois de tanto tempo perdido nas trevas. É possível que ali na frente, tenhamos mais tempo de uns para com os outros. Mas para o instante que se passa já é grande o benefício desta verbalização. Satisfeito que estamos já podemos sentir a alegria inundar a nossa alma, sensação que há muito tempo não tínhamos. Pronunciar o nome do Pai e do Filho, Jesus, nos irriga o coração de Amor e de Esperança. Sou eternamente grato. Gostaria que me chamassem de Pedro. Tal como o Simão, o apóstolo, depois dos tropeços ele foi firme no propósito. Espero ser como ele. Pedro, sei que não mereço, mas se permitirem é um grande nome. Obrigado.

Sessão Mediúnica Nº467 – PSICOGRAFIAS

04/11/2024                                                                

1.            Ouviste pelo caminho falar de um lugar que se aproxima dos montes mais altos onde o forte é intransponível, mas é possível entrar se convidado. Este lugar que não está no céu, mas bem próximo a Terra é, no entanto, um lugar que faz conexão com a luz que vem da atmosfera. Eu não sou novo aqui, mas é como se fosse a primeira vez. A forma como aqui fui recebido é como fosse membro desta comunidade de atendimento aos sofredores. Não quero aqui dizer que estou apto ao trabalho muito menos que sou membro deste concílio. Não, sou um hóspede fortuito, diante das necessidades que apresento. Há muito desencarnei sofrido, vitimado das moléstias da época que estão para cada época. Fui morrendo aos poucos e à medida que ia sentindo o abatimento, constrangia-me as memórias da vida. Padeci envergonhado e tímido, acreditando que uma escuridão cobriria meus olhos pela eternidade. Equivoquei-me demasiadamente. Vi-me em outra situação, outra dimensão, similar a da carne, mas diferente. Não mais interagia com aqueles que estava acostumado e flutuava nos meus pensamentos mais estranhos. Navegava mui rapidamente entre as memórias do passado e a triste realidade que presenciava. Fui acometido de alucinações e me vi cercado por almas sensuais e vulgares, afeitas as minhas inclinações da época. Não pude evitar envolver-me com aquelas entidades que me cercavam, preenchendo as vistas ao redor. Não tinha pretensões de ali estar, no entanto, ali precisava permanecer por algum tempo. É listo dizer que padeci de sofrimento porque o homem que não conhece a morte não vive bem a vida. E eu fiel das coisas que cativei em vida fui alucinar-me uma segunda vez. Estando as margens de um córrego com água lamacenta onde bebíamos, surgiu uma caravana de resgate, aos meus olhos intromissores das situações alheias. Senti vergonha e coloquei-me a ofender-lhes, mas não deu tempo de terminar os impropérios, fui chamado a sentar na maca. Fui com receio, mas à medida que se aproximava, senti ao desespero do meu coração, e pus-me de joelhos aos pés dos iluminados. Que me tombaram e me trouxeram até aqui. Fui recebido com um tratamento estranho, mas natural. Água e alguns alimentos como frutos, que me permitiram saciar a ansiedade de que era portador. Fui acalmando e reconhecendo o lugar, escutei aquele que pregava ensinando sobre a vida e as reencarnações, viajei nas fotos e fotografias do painel. Voltei para os meus tempos e lembrei-me da infância. Das fases douradas até a situação em que me encontro foram muitos percalços. Mas não podemos recuar de todo, pois que ninguém vive no passado. Então lembrei de minha mãe, minha protetora. Ela veio até mim, mas não conseguia vê-la. A cada encontro melhorava, mas sua aparição e seus conselhos foram ouvidos. Só no abraço choroso, sincero e prolongado que me reabasteceu a alma de esperança e de alegria. Reestabelecia a vontade de viver e fiquei surpreso em estar entre os membros das tarefas, até hoje, sou o beneficiado. É feliz, é como me sinto agora. Preciso desocupar a cadeira, há muito o que se fazer aqui agora. Na falta de alguns trabalhadores, já me convidam a visualizar, realizar pequenas tarefas e ajudar. Estou aqui e duvido do que está se passando as veze. Parece um sonho num sono profundo. Mas estou bem acordado. Eu sei. Não posso deixar de agradecer e seguir o caminho. Até breve.

2.            Um arco de luz paira acima destas paisagens. Uns dizem que é o sinal dos tempos, outros que é um portal por onde descem os anjos a resgatar os que vivem na crosta. Lindo, percebemos, já não conseguimos distinguir o local, pois ele muda de localização, mas sempre está em determinadas horas no alto das montanhas mais perto do céu. É neste lugar que servimos e somos agraciados com experiências que não encontraríamos em lugar nenhum na Crosta. Continuemos firmes, fortes e operantes. Um recado de Amor deste amigo de todas as horas. Isack.

Coluna Espírita 2025